segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Poligamia - Será que a bíblia proíbe?


Tenho observado durante as minhas pesquisas que há muita oposição infundada com relação à poligamia. Se Deus tivesse os pensamentos dos atuais "religiosos" teria matado Abraão, Jacó, Eleazar, Davi, Salomão e tantos patriarcas, profetas e reis que na verdade foram abençoados por Ele. Quem pode condenar aquele que Deus aprovou?

O próprio Deus ilustra no livro de Jeremias que tinha duas esposas – Judá e Israel. Chegando a chamá-las de "jumentas no cio, camela nova e prostitutas" por adorarem deuses pagãos e não ao único Senhor Todo-Poderoso. Foi justamente por esse erro que muitos caíram, por se afastarem da observacia dos Dez Mandamentos e não por causa da poligamia.

Os escribas atuais não permitem a poligamia, mas, praticam o politeísmo disfarçado ou a fidelidade-infiel para com o Criador. Será que também não seriam chamados de "jumentas no cio" ? Afrontam o primeiro mandamento – Não terás outros deuses diante de mim - Êxodo 20:3. Sabe quantas mulheres teve o tão elogiado "Pai da Fé" - Abraão? Várias! Gênesis 25:6, Hebreus 11. O problema todo desse povo é que não lêem e/ou são teleguiados por outros ofuscados.

Quem pode ter uma esposa que fique apenas com uma... Quem pode ter duas – duas, mas, quem prefere ficar só - que fique só. Cada qual no seu galho... O problema da poligamia é financeiro e cultural (ou ético) e não religioso. Em "ético" entenda como legados da maioria. Será que é a maioria mesma? Será que estamos sendo sinceros em nossos anelos?

Não é uma questão de desequilibrar os direitos entre homens e mulheres, mas sim permitir que os conjugues possa ter liberdade para escolher o que acharem melhor. Entretanto, no país, esbarramos na falta de Lei que autorize a poligamia. E, nós sabemos que as regras sociais são frutos de princípios éticos de um determinado período de uma sociedade. Muda-se a geração, então se muda a mentalidade e as leis. Lógica, "Se" mudarmos as premissas... "Então" mudaremos a sentença.

Infelizmente há muita interpretação equivocada com relação à Bíblia e isso tem causado um farisaísmo grande, ou melhor, hipocrisia. Eu não posso decidir sobre a felicidade de alguém por aquilo que acho "correto", assim como, não quero que ninguém faça o mesmo.

Os escribas preferem ter uma amante, um "caso" ou coisa parecida a adotar um modelo não condenado por Deus. A poligamia não pode ser comparada com os atos pecaminosos de Maria Madalena antes da conversão, todavia, será que esses puritanos lançarão a primeira pedra?

É incrível como a maioria dessas pessoas que são contra a poligamia apóiam as práticas contra a natureza humana descritas no primeiro capítulo da carta do apostolo "Shaul" aos Romanos 1:24 a 26. Corroboram de forma não oficial, mas, com os próprios "frutos" em manchetes de jornais. É o caso de considerável número de pedófilos de algumas religiões – verdadeiras aberrações em termos sexuais e religiosos.

Muitos dizem que não é esse o modelo criado lá no jardim do Édem – e sim um homem e uma mulher. Também, vale lembrar que não estava nos planos de Deus que as folhas caíssem ou que os animais fossem predadores, que existisse hierarquia entre os conjugues ou que os seres humanos comessem carne, etc. A cada situação uma diferente solução. Enfim, quem no planeta poderá dizer que se Adão e Eva não tivesse pecado os homens futuros não teriam mais de uma esposa?

Em momento algum a Bíblia condena a poligamia. Muitos por desconhecerem os significados das palavras acabam relacionando-as e tendo conclusões equivocas, por exemplo; poligamia nada tem a ver com fornicação, luxúria, adultério, promiscuidade ou prostituição. E nem pode!

O Criador deixou bem claro a diferença de poligamia e adultério no livro de 2º Samuel. Leiamos o que disse o profeta Natã no capítulo 12:8. Observe que o Altíssimo havia dado mulheres a Davi - "um homem segundo o coração de Deus – relata as Escrituras". Por isso esse rei não precisava transgredir o sétimo mandamento – Não Adulterarás e nem matar Urias. Êxodo 20:13 e 14.

E essa outra passagem; "Então, Moisés deu a Eleazar, o sacerdote, o tributo da oferta do SENHOR, como este ordenara a Moisés". - Números 31:41. Sabe qual era oferta? É meu amigo a verdade esta bem longe da realidade!

Outros ocidentais citam o trecho em que Jesus disse; "a mulher e o homem unem-se e formam uma só carne e não se divorcie, exceto em caso de adultério"- Mateus 19:3,6. Esquecem que Ele também falou sobre a parábola das dez virgens as quais iriam casar com apenas um homem -Mateus 25:1,13. Acidental é a interpretação ocidental. Na primeira passagem a finalidade é puramente didática com relação ao divorcio e não com respeito à monogamia, na segunda, é apenas parábola a qual trás um apelo para estarmos sempre preparados para o retorno do filho de Deus.

Já nas cartas do Apóstolo Paulo, observamos apenas conselhos de que a igreja na escolha de seus dirigentes levem-se em consideração os monogâmicos, até porque, estes dirigentes devem ter mais tempo disponíveis para cuidar dos interesses de Deus. O simples fato de Paulo citar a poligamia já nos é suficiente para compreendermos que este estilo de família era aceita normalmente entre os judeus e os seguidores da Seita do Nazareno - Atos 24:5 e 14. Em outra parte o Apóstolo fala da necessidade do casamento para os cristãos no intuito de evitar a fornicação e o abrasamento, nada tem a ver com monogamia ou poligamia – basta verificar o contexto. I Timóteo 3:2, Tito 1:6.

Essa cultura monogâmica foi imposta energicamente no período de paganização do Cristianismo nos primeiros séculos da era cristã pelo comando Político-Religioso Romano juntamente com outras heresias. Deixando-nos sem liberdade de escolha.

Reflitamos! Que cada qual viva a sua vida e respeitem o livre arbítrio concebido pelo Criador lá no Édem. Quem pode ter uma esposa que fique apenas com uma... Quem pode ter duas – duas. Quem prefere ficar só - que fique só. Cada macaco deve ficar no seu galho... Afinal, será que o Estado quer mandar também...?
- By Evan de Andrade