domingo, 24 de maio de 2015

Quem são os verdadeiros sodomitas da atualidade?


         Muitos mitos são construídos sobre pesados escombros, consequentemente, basta removê-los para que o alto edifício dos velhos e falsos conceitos caia por terra. O significado de sodomia que hoje lemos nos melhores dicionários não passa de produto de um equívoco que dura séculos e insiste em permanecer de pé: sodomia como sinônimo de homossexualidade. Como assim? Nossos filólogos estão todos equivocados? De certa forma, sim. Vejamos um exemplo, retirado do Dicionário de sinônimos e antônimos da Editora Melhoramentos, página 567:

         Sodomia sf: pederastia, homossexualismo, homossexualidade, inversão.

         O equívoco deve-se a uma construção histórico-doutrinária muito antiga. Tudo começou há mais de 2000 anos, com o filósofo judeu-helenista Filo de Alexandria (25 a.C – 50 d.C). O relato de Filo é solitário em meio a tantos outros documentos. Ele é o único a mencionar atos homogenitais entre homens em Sodoma. Qual a base desse relato? Certamente Filo foi influenciado pela visão, comum na época, de que a única finalidade do sexo era a procriação. Juntando isso a uma leitura equivocada de Gênesis 19 não deu outra! Séculos mais tarde, Tomás de Aquino arrematou o equívoco, popularizando o termo “sodomita” como o praticante da sodomia, ou seja, sexo anal entre homens. Não há registros bíblicos de práticas genitoanais em Sodoma ou nas cidades circunvizinhas. O episódio relatado em Gênesis 19 não passou de uma tentativa frustrada de abuso, o que não reflete a realidade da homossexualidade enquanto orientação sexual.
         Você pode estar dizendo: “mas a própria Bíblia faz essa associação, está lá, em 1ª Coríntios”! Há uma grande diferença entre o que diz o texto original e o que dizem as traduções, muitas delas, repletas de erros. De fato, as traduções modernas utilizam tal termo, entretanto, tal vocábulo não encontra raízes etimológicas no hebraico gentílico, ou seja, sidom, o habitante ou natural de Sodoma. Um dos grandes problemas dos eruditos, pois não há consenso quanto ao significado original, o termo grego utilizado pelo apóstolo Paulo (em 1ª Coríntios 6.9 e 1ª Timóteo 1.10) não apresenta nenhuma relação com o gentílico hebraico, de modo que as traduções modernas baseiam-se em uma visão errônea do relato de Gênesis, reforçada por escassas interpretações antigas dos reais pecados dos sodomitas.
         Menções aos pecados de Sodoma são abundantes, tanto nos livros da Bíblia protestante, quanto nos livros deuterocanônicos – das edições católicas – isso sem mencionar os livros apócrifos e outras fontes históricas, todas elas concordando entre si com o que dizem as Escrituras, ou seja, nenhuma palavra sequer sobre homossexualidade.
         Então, o que, de fato, nos ensina a Bíblia sobre os sodomitas? Encontraríamos, na atualidade, comportamentos capazes de classificar alguém assim? Certamente. Lendo Gênesis 13.13; 19; Ezequiel 16.49; Isaías 1.10-17; Lucas 10.10-12, dentre outras passagens, perceberemos que os verdadeiros sodomitas são aqueles que praticam atos como assassinatos, injustiças, ódio ao estrangeiro, órfãos e viúvas – aqui representação das diferenças e das minorias desvalidas – falta de hospitalidade, soberba, orgulho, desamparo ao pobre e ao necessitado, arrogância, entre tantas outras coisas que Deus abomina. Os verdadeiros sodomitas da atualidade, segundo nos ensina a Bíblia, são todos aqueles que praticam essas e outras atrocidades.
         Se algum homossexual pratica atos de crueldade como os mencionados acima, teremos autoridade bíblica para classificá-lo como sodomita, agora, classificar alguém assim com base em sua orientação sexual é um grave erro, bíblico e semântico.
         Quando Deus exorta Israel em Isaías capítulo 1, traçando um paralelo entre este e Sodoma, está mostrando que os reais sodomitas são aqueles que dizem servi-lo com seus sacrifícios, holocaustos, ofertas e orações. O que isso nos ensina? Que os religiosos e legalistas da modernidade é que são os verdadeiros sodomitas, pois, com suas atitudes excludentes, mascaradas de amor e abnegação, oprimem as minorias, boicotam-lhes os direitos, lutam para perpetuar as injustiças, governam com parcialidade. Qualquer semelhança com nossos líderes religiosos, seus seguidores e representantes políticos, não é mera coincidência! 

Por Alexandre Feitosa - blog Ministério Teologia Inclusiva

Comentário do blog Projetos Libertos de Verdade:
"A própria etimologia da palavra já diz, sodomia... que vem de sodomita, habitante de Sodoma, ou seja, sodomia é o ato de agir como os sodomitas. Que como o Feitosa, no artigo que você acabou de ler tão bem explicou, não eram necessariamente 'praticantes da homossexualidade', mas sim de diversas atitudes pecaminosas. De fato essa conexão entre sodomia e homossexualidade se deu por causa do episódio bíblico dos anjos que visitaram Sodoma e por conseguinte da destruição da cidade 'por deus', no entanto alguns estudiosos dizem que a história de Sodoma não passa de uma parábola baseada em fenômenos científicos que o homem até então não conseguia explicar, e que ela poderia ter sido baseada na destruição de povoados próximos a vulcões que entraram em erupção."

terça-feira, 19 de maio de 2015

Luxúria ou cobiça


   Mateus 5:27-28: Uma interpretação dessa passagem é que, se você olhar para o verbo grego (luxúria mais adequadamente traduzida por cobiça ou desejo), é a mesma palavra usada na tradução da Septuaginta do 10º mandamento (não cobiçarás). Neste caso, em Mateus Jesus está dizendo que a cobiça, o desejo de tomar a propriedade do outro, é a essência de adultério. Jesus foi, então, reafirmando uma compreensão bastante tradicional do que está errado com o adultério.

   A palavra grega aqui é, naturalmente, "epithumia", que também significa "cobiçar" e é a palavra usada pelos tradutores da Septuaginta para traduzir o hebraico, "chamad", em Êxodo 21:17 "Não cobiçarás". Não é coincidência, a propósito, que "a mulher do próximo" esteja incluída entre as outras propriedades listadas neste texto ...  Como os bois do próximo, etc .

   Neste caso, Jesus estava afirmando que o adultério não consiste essencialmente da união sexual de duas pessoas, sendo que pelo menos uma delas é casada, mas consiste, antes, na intenção, realizada ou não, de tomar para si o que pertence a outro. O propósito do verso é mostrar que ninguém está livre do pecado e a natureza do pecado está na impureza do coração (tirando a esposa de outro homem), ao invés do ato físico em si. Isto é diferente de uma não monogamia consensual. É como o Rabino que disse no clube de swing: "Eu não quero ser dono de sua esposa, apenas quero emprestá-la!" Agora, vamos olhar como “porneia” é usado aqui:

   O desejo natural de variedade sexual ou o prazer de olhar para um corpo bonito não tem absolutamente nada a ver com a "luxúria", como a maioria acha. A luxúria é apenas errada se há o desejo egoísta de se apropriar de algo de outro. A luxúria é errada se ocorre baseada na ganância e na auto-satisfação à custa do outro. Mas não há absolutamente nada de errado com a intimidade amorosa desejada por ambos e com o desfrutar dessa variedade sexual ou “pornografia”.

   Nos tempos bíblicos, o homem podia ter quantas esposas e concubinas (reprodutoras) quanto desejasse, desde que o homem tivesse pelo menos 12 anos de idade e a mulher, 13. O adultério era apenas um pecado para uma mulher casada. Ele nunca foi um pecado para um homem casado, desde que as outras mulheres não fossem casadas (de propriedade de outro homem). Não havia nada de errado com prostitutas "comuns", que são frequentemente mencionadas sem nenhuma inferência negativa. Apenas a idolatria das prostitutas do templo, que estavam adorar os deuses da fertilidade por via sexual era um pecado, mas não a relação das prostitutas com seus clientes.

   Biblicamente, “luxúria” não era quase um palavrão, como aqueles que a usam contra a sexualidade parecem pensar. No original, a palavra grega traduzida como "luxúria" foi usada várias vezes para outras coisas não consideradas erradas: Jesus "cobiçou" estar com seus discípulos. A palavra é a mesma que alguns usam para fazer a luxúria ser um pecado. Jesus pecou? Não, mas Ele cobiçou (desejou). Forte desejo por algo não é um pecado.

   Outra interpretação da famosa passagem sobre a "luxúria" é que Jesus estava tomando a lei, que os escribas e fariseus acreditavam que era a autoridade, e usando essa lei (tomando o adultério como um exemplo) para chegar à sua conclusão final, a intenção do coração .

   Jesus não estava interessado em fazer uma nova lei para nós seguirmos. Afinal, Ele veio para cumprir a lei em si mesmo através da expiação, para levar-nos de volta a Deus. O ÚNICO mandamento que ele deu foi AMOR. Amor a Deus e com tudo o que está dentro de nós e amor aos outros, como amamos a nós mesmos.

   Jesus estava tomando a lei para sua conclusão final a fim de mostrar como, por ser inerente aos seus adeptos a incapacidade de segui-la, ela é impossível e condenatória. Outros versos NT são expostos para dizer que a lei condena isso e que a salvação pode ser encontrada em outro lugar. A lei não salva. Jesus ilustrou o pecado, dizendo que o lascivo deve primeiro tirar os próprios olhos para entrar no céu, mas isso não é literal, porque o coração é o núcleo real do problema. Jesus está sendo sarcástico com os inimigos que perseguiam a verdade, que eram os fariseus e saduceus, que queriam manter o seu “status quo” intacto.


Tradução, com suaves adaptações, realizada pelo blog “Cristã sim, gostosa e liberal também”.
Copyright © 1997, Liberated Christians, Inc.
All Rights Reserved.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Sexo antes do casamento - não é um conflito na bíblia

Sexo antes do casamento - não é um conflito na bíblia
 
(Uma grande discussão bíblica!)


Traduzido por D.B.G., levemente modificado por Queridinhozinho e por nós, do blog “Cristã, sim; gostosa e liberal, também!”

Fonte da tradução: http://www.libertos.tk/sexoantesdocasamento



   Não existe absolutamente nada na Bíblia que proíba o sexo antes do casamento. É uma das tradições feitas pelo homem para controlar as pessoas. A única referência está no Antigo Testamento e no Novo Testamento existe somente uma tradução errônea da palavra grega “porneia”, traduzida como “fornicação” – uma mentira que não tem fundamento algum.

   Eu ouço de tantas mulheres cristãs que dizem que seu erro maior foi não haverem tido mais sexo antes do casamento e que agora se encontram dentro de uma relação totalmente insatisfeitas (fisicamente). Onde pode um dos parceiros aprender boas técnicas sexuais quando ambos são ignorantes? Existe muito mais sobre o sexo que apenas a cópula. Estudos mostram que cerca de 40% das mulheres nunca chegam ao orgasmo com apenas uma cópula e que a maioria das mulheres querem muito mais. É por isso que tantas mulheres ficam frustradas sexualmente quando um homem não tem a resposta – como pode então ele aprender (ou a mulher) de suas próprias sexualidades se eles se casaram despreparados e sem experiência?

   Devido à sociedade patriarcal, uma família com filhos (homens) era mais forte que outra com filhas. Entretanto a cultura sempre encontra um jeito de contrabalançar poder com dinheiro. Na cultura do Antigo Testamento um homem que queria se casar pagava ao pai da noiva. O valor da noiva era determinado por muitos fatores, incluindo a beleza dela, habilidade para cuidar de crianças, resistência, várias habilidades domésticas e também seu status de virgem. Você encontrará um exemplo desta cultura na história de Jacó, Lia e Raquel.

   Lembre-se também que nos tempos bíblicos a maioria das mulheres jovens noivava com base em um acordo financeiro entre as famílias. Algumas vezes ela nem conhecia o futuro marido até o dia do casamento.  E depois de declarado o noivado as famílias tinham de esperar até que ela completasse 12 anos e meio para que pudesse casar-se. Visto que a maioria dos meninos e meninas se casava no período da puberdade e que havia pouco namoro, a sexualidade dos solteiros nunca era discutida.

   Nos tempos bíblicos nada havia de errado em um homem ter tantas esposas quanto ele pudesse sustentar, concubinas e prostitutas vulgares. O adultério só era condenado às mulheres casadas, visto que violava os direitos de propriedade e direito sexual do marido sobre ela e quebrava o status do homem (marido) sobre as outras esposas ou concubinas.

   Nos tempos em que a Bíblia foi escrita os homens eram os mestres e mandavam nas mulheres e crianças. As mulheres tinham muitos poucos direitos e os homens frequentemente compravam as mulheres de suas famílias ou em um leilão, geralmente na idade de 12 anos e meio. As mulheres eram propriedade legítima de um homem. O pai era o que possuía as mulheres (filhas, esposas, concubinas, empregadas, servas, etc) e se alguém quisesse fazer sexo com uma de suas propriedades tinha de pedir permissão a ele.

   Para vender uma filha ganhar-se-ia mais dinheiro se ela fosse virgem – as que haviam perdido a virgindade custavam bem menos. Se um homem comprasse uma filha pelo preço de uma virgem e descobrisse que ela não era virgem (depois de ter feito sexo com ela e não houvesse sangue na cama) então ele a devolveria ao pai e receberia seu dinheiro de volta.

    Algumas concubinas eram presentes de guerra aos soldados por haverem lutado. Eles costumavam matar todos os homens inimigos e dividir todas suas mulheres aos soldados. Outras concubinas eram vendidas através de leilão. As prostitutas se alugavam por um período de tempo e isto era certo (ao contrário das prostitutas que ficavam nos templos venerando as deusas da fertilidade – a idolatria era condenada e não, a prostituição). Era melhor comprar uma mulher do que alugar. Naquela época não havia camisinha ou controle de natalidade ou medicamentos modernos como hoje. A maioria das regras para o sexo serviam praticamente apenas para resolver os problemas daqueles tempos.

   A mulher de hoje tem a mesma liberdade sexual que os homens têm e sempre tiveram. Mas julgar e pregar que poligamia responsável, sexo antes do casamento, swing, poliamor ou fornicação é de certo modo errado mostra simplesmente ignorância bíblica. Porém a doutrina sexual repressiva que foi desenvolvida na Idade Média ainda serve de base hoje em dia para tradições cristãs repressivas — por ignorância e sem fundamento bíblico.

   Passagens do Antigo Testamento:

   Êxodo 22:16 – 17,  “Se um homem seduzir uma virgem com a qual não está noivo, e deitar com ela, ele terá de pagar um dote para que ela seja sua esposa. Se o pai dela recusar, ele deverá mesmo assim pagar uma quantia igual ao dote das virgens.”

   Deuteronômio 22:28 – 29, “Se um homem encontrar uma menina que seja virgem, que não esteja noiva e apoderar-se dela e deitar com ela e ambos forem descobertos, então tal homem terá de dar ao pai da menina 50 siclos de prata (moeda hebraica) e ela deverá tornar-se sua esposa porque ele a violentou. Ele não poderá se divorciar dela pelo resto da vida”.

   Estas passagens do Êxodo são das poucas passagens que mexem diretamente com o assunto sexo antes do casamento. Existem pontos importantes considerando tais passagens. Primeiro, nem o homem nem a mulher são repreendidos ou punidos por qualquer pecado (compare com Deut. 22). Ao homem é requerido que ele procure o casamento, mas o pai dela poderá recusá-lo. O ponto importante aqui é que não há punição alguma pelo homem e mulher haverem feito sexo. A punição está na troca, através do valor da mulher virgem, agora como noiva. O termo “dote da virgem” implica que havia um dote especial (bastante compensador) pelo status de virgem que a mulher carregava e a partir do instante em que ela deixasse de ser virgem ao seu pai era pago o dote, como forma de compensação, não importando se ela se casasse ou não com o homem. Note também que não existe lei alguma que se refira à sexualidade do homem ou da mulher noiva e não virgem antes do matrimônio.

   A passagem no Deuteronômio se refere ao sexo antes do casamento não consensual (estupro). A fim de remediar este crime, o homem deveria levar a mulher para a sua casa e cuidar dela. Ele não poderia se divorciar dela. O estupro de uma mulher que casada ou que noiva levaria à pena de morte. O estupro de uma virgem que não fosse noiva levaria a uma pena menor. E, ao passo que tal pena possa parecer injusta por nossa cultura, tal pena era considerada muito justa naquela cultura.

   Existem outros dois exemplos de sexo antes do casamento no Antigo Testamento. Em Deuteronômio 21:10 tem um outro estudo sobre como um homem deve cuidar de uma mulher em sua casa. Se ele a deseja como esposa ele tem de seguir o dia-a-dia doméstico e dormir com ela. Se ela se mostrar agradável ele tem a opção de se casar com ela, senão, pode mandá-la embora. O Livro de Ester também descreve como Ester é trazida aos aposentos do rei para se tornar parte do harém do rei.

   Em todos os casos de sexo antes do casamento não há punição pelo ato sexual, de acordo com a Bíblia. A única penalidade é o pagamento ao pai pela mudança de status da mulher.

   Comentários do autor:

   G. Rattray Taylor, autor de Sexo na História: [O comando de adultério, essencialmente uma ofensa na propriedade de outro parceiro, não requeria] que um homem restringisse suas atenções a sua esposa; na verdade, quando uma esposa se mostrava infértil, ela daria uma de suas servas ao marido para que então esta desse um filho a ele. Não havia qualquer impedimento do sexo antes do casamento. No Antigo Testamento não há qualquer menção à proibição à fornicação não premeditada, apenas ao estupro e sobre o direito de um pai requerer dinheiro àquele que se interesse por sua filha virgem. Uma vez que a garota atingisse seus 12 anos e meio estaria livre para a atividade sexual, a menos que fosse proibida por seu pai.

   Um documento autorizado pela Casa dos Bispos da Igreja Episcopal (“Continuing the dialog” – Continuando o diálogo, publicado por Forward Movement, Cincinnati, 1995) afirma na página 45 que as passagens nesta história da Bíblia – o “Cântico dos Cânticos” estão “em louvor ao amor sexual, celebrando a paixão jovem, sem qualquer referência ao casamento… Ele afirma que o amor sexual por si é bom e benéfico”.

   Em “In Sexual Paradox: Creative Tensions in Our Lives and in Our Congregations” (Paradoxo Sexual: Tensões Criativas em Nossas Vidas e em Nossas Congregações), Editora Pilgrim, Nova Iorque, 1991, Célia Allison Hahn percebeu na página 192 que “a história Cântico dos Cânticos diz claramente a respeito das delícias do amor erótico… não sobre casamento ou procriação”.

   Em “New International Biblical Commentary: … Song of Songs” (Novo Comentário Bíblico Internacional: … Cântico dos Cânticos), Editora Henderson, Peabody, Massachusetts, 1999, Roland E. Murphy e Elizabeth Huwiler observaram que à página 243 “de acordo com muitos [intérpretes], o casal em questão não é casado. Esta interpretação é suportada pelo fato que amantes se separam na manhã seguinte… também, que o ato de amor da maioria destes casais acontece fora de casa, nos arbustos, na natureza…  [Numa visão geral, o texto] não parece insistir que uma noção de sexualidade seja necessariamente limitada ao casamento”.

Discussão sobre o Novo Testamento:

   Nada há nada sobre sexo antes do casamento no Novo Testamento.

   As escrituras não foram escritas em inglês. “Fornicação” é um dos bons exemplos de erro de tradução em algumas Bíblias. Algumas Bíblias em inglês mencionam “fornicação”, outras dizem que a tradução mais correta é “imoralidade sexual”. Ao invés da palavra grega “koline”, “porneia” tem sido traduzida erroneamente como fornicação. Não existe fundamento na Bíblia em traduzir “porneia” como “fornicação” (sexo entre solteiros).

   Porneia significava imoralidade sexual que incluía:
1.    Sexo durante a menstruação feminina.

2.    Adultério, que era entendido como algo errado pelos hebreus, através do ato de uma mulher casada que fizesse sexo com outro homem, visto que ela violaria os direitos de propriedade dos maridos. Isto nunca foi interpretado como errado aos homens casados, mas suas esposas não tinham tais direitos. O homem casado poderia ter quantas mulheres e concubinas quisesse até o ponto de não serem casadas com outros homens (pois seriam propriedade de outros homens). Nada havia de errado com a sexualidade dos solteiros. “Fornicação” é um erro de tradução da palavra grega “porneia”.
3.    Prostituição da deusa do sexo pagão. Porneia tal como usada em I Cor. 6-9, falsamente traduzida em algumas Bíblias como fornicação foi realmente a prática das prostitutas nos Templos Coríntios, vendendo seus serviços como forma de veneração à deusa da fertilidade pagã; o que Paulo advertiu em condenação. Não especificamente sobre prostituição (ainda legal e muito popular em Israel hoje em dia), mas contra a veneração a uma deusa sexual pagã.
4.    Pederastia – um dos piores pecados sexuais que tomou várias formas: a prática da pederastia se divide em três diferentes estilos. Primeiro é o relacionamento entre um homem mais velho e um jovem. Segundo vem a prática com escravos prostituídos. Terceiro se refere ao “garoto de programa” ou prostituto. Outras práticas incluíam: um homem heterossexual degradando outro homem heterossexual através de relacionamento anal depois de capturá-lo em batalha ou então por um homem heterossexual  utilizar de uma relação anal com estranhos dos quais ele não gostava para que fossem embora, como na estória de Sodoma. Isto nada tinha a ver com homossexualidade como a entendemos hoje em dia, que é simplesmente a maneira que Deus designou algumas pessoas a serem.

   Adultério nos tempos bíblicos não significava o que significa hoje. Claramente não houve uma palavra sequer sobre o fato de homens hebreus poderem ter quantas esposas, concubinas e “outras mulheres” eles pudessem manter. Isto não é adultério no entendimento hebreu sobre adultério e os mandamentos de Moisés. Adultério tal como compreendido por Moisés se referia apenas à mulher casada, nunca ao homem casado.

   Cristo ensinou no Sermão da Montanha que a única lei é a lei do amor. Ele demonstrou isto ao reverter quadro leis do Antigo Testamento que conflitavam com o amor do seu povo. Portanto tudo que fosse prejudicial, não consentido por ambas as partes, etc seria imoral para um Cristão, mas nunca a sexualidade afetuosa, não importando o estado civil ou a orientação sexual natural.

   Para aqueles que quiserem realizar seriamente suas próprias pesquisas estudando ambos os lados dos assuntos é apontado aqui alguma bibliografia para um estudo aprofundado nos assuntos sexuais Cristãos. Acrescido a isto temos uma enorme seção de pesquisa bíblica que responderá a qualquer pergunta ou desafio que tenha aparecido nos últimos 10 anos; vide a seção “Bíblia, Cristianismo e assuntos sexuais” (Bible, Christianity & Sexual Issues) no site http://www.libchrist.com/ ou diretamente através do link: http://www.libchrist.com/bible/contents.html

Amostra bibliográfica:
•    Dirt,Greed, And Sex – “Sujeira, ganância e sexo”, professor sobre o Novo Testamento na Escola Church Divinity, o Rev. Countryman mostra que “em trecho algum a Bíblia mostra a monogamia como um padrão claro e explícito”. O Bispo Episcopal de Los Angeles sugere que o livro seja lido por aqueles que pensam que a Bíblia diz alguma coisa a respeito da ética sexual. Os cristãos deixaram os fundamentalistas seqüestrarem o assunto “moralidade sexual” de ambos, heterossexuais e homossexuais.
•    The Poisoning of Eros – “O envenenamento de Eros”,  Raymond Lawrence Jr., episcopal, aponta amplamente para várias fontes. Conclui que uma nova ética sexual se faz necessária baseada na afirmação do sexo e valoriza as comunidades poligâmicas, não as excluindo. Discute a “porneia” e conclui que a mesma está limitada à prostituição de culto, nada tendo a ver com o sexo entre solteiros ou com a monogamia. Mostra que a Torah (os 5 primeiros livros da bíblia judaica) nada diz sobre adultério para os homens, somente para as mulheres. Sacerdote por 31 anos, hoje ele ensina e supervisiona o clero com aconselhamento pastoral.
•    Outro livro que fornece grande ajuda a nível emocional é “The intimate connection: male sexuality, masculine spirituality” (Conexão íntima: sexualidade masculina, espiritualidade masculina), por James B. Nelson. Nelson é um teólogo cristão bastante liberal, mas é reconhecido como autoridade maior em Cristianismo e Sexualidade. Seu livro não pode ser considerado bíblico, mas apresenta artigos psicológicos e culturais muito úteis que influenciam os Cristãos em suas relações com suas sexualidades. Apesar de manter o foco nos homens, seus princípios são aplicáveis na maioria às mulheres também.
•    Outros livros que você poderá achar úteis são “What the Bible really says about sex: a new look at sexual ethics from a Biblical perspective” (O que a Bíblia realmente diz sobre sexo: uma nova maneira de  perceber a ética sexual sob uma perspectiva Bíblica), de Tom Gruber. Este livro foi publicado pelo próprio autor, que mora em Ohio. Não tenho um endereço de e-mail para contata-lo, mas você poderá escrever ou ligar para ele: 116, Heischman Ave, Worthington, OH, 43085 – telefone: 1 614 844-6650. Ele vende o livro diretamente e você poderá fazer a ele referência sobre nós, pois ele nos conhece.
•    Em “God and the Rhetoric of Sexuality” (Deus e a retórica da sexualidade) Phyllis Trible disserta sobre a legitimidade da poligamia em tempos bíblicos e que a mulher de hoje quer a mesma liberdade sexual que os homens sempre tiveram.
•    “Body Theology” - Em Teologia do Corpo James B. Nelson (professor de ética Cristã, Seminário Teológico, New Brighton, Minnesota) propõe que reconquistemos a sexualidade e o regozijo dentro de uma verdadeira teologia do corpo que seja auto-afirmativa, entendendo a sexualidade como um bem moral baseado no valor sagrado de nossa sensualidade e poder erótico, sem a necessidade de justificações que se apliquem a uma cultura bíblica muito divergente.
•    “After polygamy was made a sin: the social history os Christian polygamy” (Depois que a poligamia foi transformada em pecado: a história sociológica da poligamia Cristã), por John Cairncross, Edição Routledge and Kegan Paul, Londres – distribuição nos E.U.A.: Edições Dufour, Chester Springs, PA 194 15-0449, 1 215 458-5005.
•    Para abordagens em múltiplas relações contemporâneas: “Breaking the Barriers to Desire: New Approaches to Multiple Relationships” (Quebrando as barreiras do desejo: novos caminhos para relações múltiplas), Kevin Lano e Claire Parry editores, publicação Five Leaves Publications, Nottingham, England, ISBN 0 907123 36 8.
•    “Against the Protestant Gnostics” (Contra os Protestantes Gnósticos) por Philip J. Lee.
•    “Eunuchs for the Kingdom of Heaven: Women, Sexuality and the Catholic Church” (Eunucos para o reino dos céus: mulheres, sexualidade e a igreja católica), por Peter Brown.
•    “Embodiment: An Approach to Sexuality and Christian Theology”, (Encarnação: uma abordagem sobre a sexualidade e a teologia Cristã), por James B. Nelson.
•    “Radical Love: an Approach to Sexual Spirituality” (Amor Radical: uma abordagem sobre a espiritualidade sexual), por Dody H. Donnelly.

   Material não especificamente cristão, mas que têm ajudado muitos cristãos em suas pesquisas sobre o amor sem compromisso:
•    “Responsible Non Monogamy – Love Without Limits – Quest for Sustainable Intimate Relationships” (Além de uma monogamia responsável – amor sem limites – a procura por relacionamentos íntimos sustentáveis). Psicóloga clínica, a  Drª Deborah Anapol disserta sobre a intimidade sexual e as relações éticas não monogâmicas. Não propriamente Cristãs, não obstante ideias mais simpáticas que a repressão da igreja tradicional. Um projeto de primeira que já mudou as vidas de muitas pessoas auxiliando-as a compreender seus desejos por relacionamentos responsáveis não monogâmicos; especialmente as mulheres. Uma nova versão atualizada foi lançada em 1997 e está disponível no website “Loving More”: http://lovemore.com/
•    “Loving More: The Polyfidelity Primer”, por Ryam Nearing
•    “Loving More” Magazine (revista “Amando mais”)
•    Ambas disponíveis no site http://lovemore.com/
•    Instituto de Conscientização Humana (veja o relatório no boletim LC, outono de 1996) website http://www.hai.org/ . Este é o único seminário prático de grupo que Dave já experimentou que realmente ensina amor, intimidade e sexualidade em seu aspecto mais forte, prático e carinhosamente efetivo.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Como o sexo se tornou pecado


   Um número amplo de cristãos estão agora desfrutando relacionamentos abertos, e igualmente vivos no amor de Cristo. Contudo, muitos têm lutado exatamente com as mesmas questões que muitos que visitam o nosso site têm se preocupado. Séculos de doutrinação pelos ensinos cristãos tradicionais são difíceis de superar. Mas a tradição que tenta ver o sexo como uma coisa negativa não tem nenhuma base bíblica.

   Os judeus (o grupo a quem Jesus pregou) não têm as bases sexuais que os cristãos tradicionais de hoje (versículos bíblicos) têm. Eles vêem o sexo numa amplitude maior do que a da maioria dos cristãos. Os cristãos tomaram emprestado dos gregos sua visão negativa do sexo e também de Santo Agostinho, que super reagindo a seu desregramento sexual anterior com respostas ascéticas, transformou o sexo em algo totalmente ruim mesmo quando usado no casamento por razões puramente sexuais.  Sexo seria somente válido se fosse para a procriação. Agora, se esse é o único uso que você faz do sexo, então você é simpatizante de Santo Agostinho.

   Focalizando Cristo, acredito que seu silêncio indica uma aceitação por inteiro da abertura judaica sobre o assunto. Os cristãos (?) estão muito freqüentemente ligados ao negativismo e não abertos à honestidade sobre sua própria sexualidade e, como resultado, muitos deles acabam se desviando. Sexo não é doença. É um dom de Deus. Isso não significa que nos usamos esse dom descuidadamente. Muitos cristãos tradicionais têm de trabalhar um bocado em termos de questões sexuais num nível psicológico, antes de que eles possam se entregar ao diálogo com honestidade, procurando cristãos ansiosos para achar soluções aos erros criados pelos fanáticos religiosos organizados.

   O imperador Constantino (354-430 A.D.) foi talvez o mais importante convertido do mundo à nova religião representada pelo cristianismo. A Cristandade foi talvez a única coisa que restou para deixar o Império Romano unido. Enquanto o império político caía no século seguinte, a Igreja se estabelecia como a nova autoridade central. Ameaças de ser queimado no inferno eram realmente mais eficientes do que um exército que pudesse controlar populações grandes e diversas.

   Agostinho foi um importante teólogo formador do pensamento e com muita ênfase argumentou que sexo era pecado mesmo dentro do casamento a não ser que o propósito específico fosse a procriação! Isso reflete a necessidade da época de se ter muitos filhos. A mortalidade infantil era muito alta e as estruturas políticas e econômicas estavam baseadas na família. Igualmente, o celibato sacerdotal foi em parte moldado pelo medo de que os filhos dos sacerdotes e seus descendentes herdassem as propriedades da Igreja.

   Graças ao analfabetismo difuso – ou apatia – o que quer que a Igreja dissesse era agora lei. O intercurso sexual não era mais natural e bom; o sexo era sujo e servia somente para a procriação. O celibato era agora o novo padrão para o clero. E era também uma grande fonte de dinheiro! Se você pecasse por gostar de sexo, você deveria ir à Igreja para arrependimento, que pedia uma doação para demonstrar sua fé. Que caminho perfeito para a Igreja levantar capital; fazia alguém pecador por causa de seus desejos sexuais inatos e então oferecia a absolvição em troca de uma doação generosa.

   A moralidade sexual da cristandade não veio de Jesus. Ao contrário, ela veio mais tarde dos cristãos cujo maior interesse era controlar as massas. É importante reconhecer a fonte do dogma religioso sobre sexo – quando surgiu e de onde veio – e colocá-la em perspectiva nas atuais circunstâncias.

   Fazer da poligamia um “pecado” foi um lento processo. Era mesmo mais comum aos sacerdotes católicos ter múltiplas esposas e senhoras. O papa Gregório II, em decreto de 726 D.C., disse que quando um homem tem uma esposa doente que não pode desempenhar a função de esposa, poderia desposar uma segunda que pudesse ajudá-lo a cuidar da primeira. Mais tarde, para proteger as propriedades da Igreja dos herdeiros, o papa Pelágio I elaborou um novo pacto sacerdotal pelo qual a descendência do clero não poderia herdar as propriedades da Igreja. O papa Gregório então declarou ilegítimos todos os filhos dos sacerdotes (só os filhos, já que as filhas não poderiam herdar nada de uma maneira ou de outra).

   Em 1022, o papa Bento VIII baniu os casamentos e as damas para os sacerdotes e em 1139 o papa Inocêncio II destituiu todos os casamentos de sacerdotes e todos os novos sacerdotes tinham de se divorciar de suas esposas. Isso não tem nada a ver com moralidade (múltiplas mulheres para homens têm sido a norma desde os tempos bíblicos), mas com DINHEIRO! (o grifo é dos autores).

Poligamia (muitas esposas para um homem) era a norma devido ao predomínio masculino da sociedade e pelo fato de que o status do homem era determinado pelo número de filhos de que ele era pai. Hoje, as mulheres podem desfrutar de direitos iguais e o sexo pode ser por prazer e uma expressão sincera de amor.  Isto torna o poliamor um estilo de amor mais igualitário e apaixonante.

   Para informação histórica muito mais detalhada de como o sexo se tornou pecado, acesse o site:
http://www.patriarchywebsite.com/monogamy/mono-history.htm
Para acessar todo o conteúdo do site, acesse: http://www.patriarchywebsite.com/ que possui muitas informações sexuais históricas, especialmente relacionada aos judeus.


A ÉTICA SEXUAL DOS "CRISTÃOS LIBERTOS"

     Nós afirmamos que nossa sexualidade é um dom natural de Deus. Ela não pode ser artificialmente restringida por leis ou regulamentos. Deus honra uma livre expressão sexual que procura o prazer e o bem-estar de cada pessoa, e também a glória de Deus enquanto Ele participa conosco de seu glorioso aspecto de viver e amar os outros, a nós mesmos e a Deus. Em nosso entendimento das Escrituras, o argumento bíblico do Novo Testamento não pode ser tomado contra casos de prazer sexual consentido e partilhado, seja pré-matrimonial, matrimonial ou pós-matrimonial.

   O argumento se aplica somente em casos negativos em que uma das partes envolvida não está se guiando pelas orientações do amor cristão, quando estão usando um ao outro para sua própria gratificação egoísta ou estão causando danos físicos ou psicológicos aos parceiros ou a uma das partes envolvidas. Entre as práticas sexuais que poderiam ser consideradas danosas estão o sexo descuidado que causam a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis ou ao descuido com os métodos contraceptivos.

CRÉDITOS:
Texto original: http://www.libchrist.com/bible/howsexsin.html
Traduzido por Sérgio de Moura e levemente modificado por Queridinhozinho
Tradução extraída de: http://www.libertos.info/comosexopecado

domingo, 3 de maio de 2015

O que é “Imoralidade Sexual”?

Tradução realizada pelo blog "Cristã, sim; gostosa e liberal, também!", a partir de:
Acesse o site acima e confira o conteúdo original, em inglês.
Imagem da internet (não faz parte do texto original)
   Há definições bíblicas claras em relação aos atos sexuais que são amplamente denominados como imoralidade sexual (do grego “porneia”), que são:

   1 - Sexo durante a menstruação das mulheres. A falta de higiene das nômades no deserto (por falta de água limpa) poderia levar a infecções perigosas - "impuro" em inglês refere-se à sujeira/ poeira/ etc, mas em hebraico, refere-se, de fato, à impureza ritual, e fazer isso era um "pecado" (impureza espiritual).

   2 - O adultério que biblicamente foi entendido pelos hebreus como errado significava uma mulher casada fazer sexo com outro homem, já que violava o direito de propriedade do marido. Um homem poderia casar-se quando tivesse 12 anos. O mesmo fato nunca foi considerado errado quando era um homem casado, pois sua esposa não tinha tais direitos. O homem casado poderia ter quantas esposas (as mulheres deveriam ter pelo menos 13 anos de idade) e concubinas (reprodutoras) quanto desejasse, desde que as "outras mulheres" não fossem casadas (pois seriam propriedades de outros homens). Certamente não há nada de errado, quando há comum acordo entre marido e esposa, partilhar sexualmente seu parceiro com outras pessoas, seja no poliamor ou no swing, desde que não ocorra nenhuma enganação. Nada havia de errado com a sexualidade de solteiros. "Fornicação" é um erro grotesco de tradução do grego "porneia".

   3 - Idolatria Sexual, como na utilização de prostitutas do templo pagão, para cultuar a deusa da fertilidade. Ou fazendo o mesmo com o bezerro de ouro e ter relações sexuais para adorá-lo como um deus, quando Moisés desceu. “Porneia”, como usado em I Coríntios 6:9, erroneamente traduzido em algumas bíblias como “fornicação” era, na verdade, a prática das prostitutas nos templos de Corinto, que vendiam seus serviços como parte da adoração pagã à deusa da fertilidade. Era contra isso que Paulo estava advertindo. Nem mesmo era especificamente sobre a prostituição, mas sim, quando usada como um culto sexual à deusa pagã.
   Corinto era uma das capitais sexuais do mundo. Era uma metáfora para a fertilidade. "Garota de Corinto" significava prostituta, "brincar em Corinto" significava visitar uma casa de prostituição. (Veja "Things They Never Told You In Sunday School: A Primer For The Christian Homosexual” – “Coisas que nunca lhe disseram na Escola Dominical: uma cartilha para o cristão homossexual”- do Rev. David Day, pg 108).
   As principais divindades da época eram Afrodite, a deusa da fertilidade, e Cibele, a Deusa-Mãe. As adoradoras de Afrodite trabalhavam como prostitutas nos templos... esses templos tinham mais de mil prostitutas. O objetivo destas prostitutas era ganhar dinheiro para o templo e adorar
à Afrodite (elas usavam o sexo como adoração). Assim, mais de 1.000 prostitutas cultuavam. E isso eram apenas os adoradores de Afrodite.
   Nada na Bíblia diz que havia algo de errado com a prostituição "comum", não relacionada a divindades. A prostituição era comum e muitas vezes era mencionada sem nenhum tom de crítica. Tel Aviv hoje é a capital mundial do bordel e a prostituição não é apenas uma questão bíblica para os judeus. É legalizada em Israel, como em quase todo o mundo fora os EUA.

   4 - Pederastia - um dos piores, entre todos os pecados sexuais, que tinha várias formas: A prática da pederastia se divide em três estilos distintos. Primeiro é a relação entre um homem mais velho e um menino. O segundo é a prática com prostitutas escravas. O terceiro é o do "garoto de programa" efeminado ou prostituto. Outras práticas incluíram um homem heterossexual violentando outro heterossexual masculino com sexo, após capturá-lo em batalha. Outra prática era o heterossexual usar o coito anal para expulsar outros estrangeiros heterossexuais que eles não gostavam, como é o caso da história de Sodoma. Não tinha absolutamente nada a ver com a homossexualidade, que é simplesmente como Deus planejou que algumas pessoas fossem.

   Além dessas quatro, não há base bíblica para qualquer outra definição de “porneia”, ou imoralidade sexual.
   Cristo ensinou no Sermão da Montanha que a única lei é a do amor. Ele demonstrou isso, revertendo quatro das leis do Antigo Testamento que conflitavam com pessoas amorosas. Portanto tudo o que for doloroso, e sem consentimento mútuo, etc, é imoral para um cristão, mas obviamente, não é imoral amar a sexualidade, independentemente do estado civil ou orientação sexual natural. 

Copyright © 1997, Liberated Christians, Inc.
All Rights Reserved.
Traduzido pelo blog "Cristã, sim; gostosa e liberal, também!" .

sábado, 2 de maio de 2015

Sexo bom é o aprendido – e não o natural

Tradução realizada pelo blog  "Cristã, sim; gostosa e liberal, também!", a partir de:
Liberated Christians http://www.libchrist.com/sexed/leaned.html
Acesse o site acima e confira o conteúdo original, em inglês.


   Enquanto o desejo sexual é natural, a forma como nós expressamos a nossa sexualidade varia de sexo instintivo apenas para ter filhos ou para sair, expressando uma intimidade carinhosa e uma sensualidade amorosa com nossos parceiros. O ato sexual é natural. Já o carinho e a intimidade sexual são aprendidos.
   As pessoas veem a sexualidade de maneiras diferentes, dependendo de sua cultura, atitudes e expectativas pessoais, que são muitas vezes baseadas em experiências passadas. Infelizmente, muitos são expostos a uma experiência sexual negativa na infância, o que inibe bastante uma sexualidade positiva e uma experiência sexual centrada  no parceiro. Mas, muitas vezes, nós ficamos na defensiva e resistentes a aprender novas atitudes sexuais.
   O casal que se ama está disposto a aprender e reaprender constantemente cada prazer sexual do outro por experimentação e deseja, com sinceridade, agradar ao outro. Mas poucos casais tem tempo para ter discussões francas sobre a sua sexualidade. O resultado são anos de repetição de uma rotina sexual que muitas vezes se torna chata. Nosso desejo sexual é natural, mas devemos aprender como casais para mantê-lo interessante, criativo e gratificante.
   Problemas sexuais podem se transformar em problemas de relacionamento muito mais amplos. As mulheres com baixo desejo sexual podem ter que lidar com um homem sexualmente “hiperativo” ou vice-versa. Um parceiro pode insistir com o outro por mais sexo e isso pode distanciá-los. Frequentemente o parceiro com um baixo desejo sexual reconhece o problema, mas é incapaz de discuti-lo ou corrigi-lo sem se sentir mal. Às vezes, apenas discutir honestamente o problema pode aliviar muita tensão, aproximá-los emocionalmente e iniciar o processo de resolução.
   Às vezes proporcionar prazer a si mesmo é uma solução parcial. Kinsey (1990) revela que 94% dos homens e 70% das mulheres admitem que se masturbam para ter orgasmo. Outro estudo mostra que 66% dos homens e 46% das mulheres na faixa dos 50 anos se masturbam regularmente.
   A maioria dos casais se masturbam para aliviar a tensão, diminuir as demandas sexuais de um seu parceiro com baixo desejo sexual e isso pode aliviar o desejo sexual quando seu parceiro está indisponível. A masturbação também pode lhe dar uma sensação de “estar no controle de sua própria satisfação sexual”, sem ter que depender sempre de seu parceiro.

Copyright © 1998, Liberated Christians, Inc.
All Rights Reserved.
Traduzido pelo blog "Cristã, sim; gostosa e liberal, também!" .